terça-feira, 24 de novembro de 2020

Guedes relata resistência dentro do governo para avançar com privatizações

 

O ministro Paulo Guedes (Economia) disse nesta 2ª feira (23.nov.2020) que havia resistência dentro do governo à venda de estatais. Afirmou que parte da equipe ministerial não compreendia a importância das privatizações para reduzir a dívida pública.

Sem ter privatizado nenhuma empresa em 2 anos de governo, Guedes disse em videoconferência que vai partir para o “ataque“ nos próximos 2 anos para promover o programa de desestatização. Disse que a pauta não avança atualmente no Congresso porque há 1 acordo para bloquear o andamento de projetos relacionados ao tema.

“As coisas são entregues, mas tem a política, que às vezes anda e às vezes não anda. Às vezes bloqueia. Atrasou 1 pouco a administrativa. Perturbou bastante a tributária. Impediu as privatizações. Estou convencido hoje de que havia 1 acordo político de centro-esquerda para não pautar. E dentro do governo tem resistências em alguns ministérios. Todo ministro gosta de alguma empresa que está embaixo do ministério dele”, afirmou Guedes em live.

O ministro disse que “ninguém entregou tanto em tão pouco tempo” como o governo Bolsonaro. Deu como exemplo o acordo entre o Mercosul e a União Europeia. O projeto, no entanto, ainda não foi ratificado pelos países europeus.

“A reforma da Previdência: entregue. Os leilões de petróleo da cessão onerosa, que estavam parados há 7 anos: entregue. A reforma administrativa: entregue. O Pacto Federativo: entregue”. Essas duas últimas reformas citadas por ele, no entanto, nem sequer foram votadas no Congresso.

O ministro classificou de “narrativas” as críticas à agenda econômica. Disse que a equipe não pode “ficar o dia inteiro” explicando as ações da pasta.