quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Em novembro, investimento estrangeiro supera retiradas do pior mês da pandemia


 















O investimento estrangeiro na B3 (Bolsa de Valores de São Paulo) chegou a R$ 26 bilhões na última 6ª feira (20.nov.2020), último dado disponível. O valor superou as perdas de março, que foi o pior mês da pandemia para capital externo.

Naquele mês, quando os operadores ainda não tinham dimensão dos efeitos da pandemia na economia, os investidores globais retiraram R$ 24,21 bilhões da B3. Todos os países emergentes foram prejudicados na época.

Como o Brasil perdeu o grau de investimento em 2015 junto às principais agências de classificação de risco, aportar recursos no país está atrelado a 1 maior risco. A pandemia de covid-19 potencializou esse sentimento dos operadores globais.

Houve saída líquida de recursos ao longo de 8 meses deste ano. O saldo positivo foi só em 3 meses, considerando os dados de novembro, que vão até 20 de novembro. O fluxo de capital estrangeiro na B3 caiu em R$ 58,9 bilhões no ano, o que corresponde ao maior valor retirado do país desde o início da série histórica, iniciada em 2004.

A quantia já foi bem maior. Em outubro, chegou a R$ 89 bilhões diante das incertezas dos investidores quanto à continuidade das reformas, principalmente as medidas que controlam a expansão dos gastos públicos.

As desconfianças permanecem, mas parte dos investidores retomou os aportes no país. O Ibovespa, principal índice da B3, subiu 14,29% até 2ª feira (23.nov.2020). Está no mesmo patamar de fevereiro, quando o mercado ainda não havia entendido o impacto da pandemia.

O aparente otimismo está ligado ao resultado das eleições dos EUA, aos estímulos econômicos adotados pelos países e, principalmente, aos anúncios das vacinas para covid-19. Pelo menos 4 empresas divulgaram resultados positivos para a imunização contra a covid-19: