quinta-feira, 19 de março de 2020

Paraná contabiliza 307 mortes em confrontos policiais no ano passado, segundo o Gaeco



O número de mortes em confrontos com policiais (militares e civis) e guardas municipais no Estado do Paraná teve redução de 6,12% em 2019, em comparação com o ano anterior. Os dados foram divulgados na segunda-feira, 16 de março, pelo Ministério Público do Paraná, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que tem entre suas funções o controle externo da atividade policial. Foram 307 mortes em 2019, contra 327 em 2018. É a primeira vez que esse número tem um decréscimo desde que o Gaeco passou a fazer o controle desses registros, em 2015.
Entre os casos, 294 envolvem policiais militares, seis ocorreram em confrontos com policiais civis e sete com guardas municipais. As cidades com maior número de casos foram Curitiba (78), Londrina (36), São José dos Pinhais (18) e Cambé (12).
Estratégia nacional – O controle estatístico das mortes em confrontos policiais pelo Gaeco faz parte de estratégia institucional de atuação do MPPR com o objetivo de contribuir para diminuir a letalidade das abordagens conduzidas pela polícia. As iniciativas do Ministério Público são constantemente discutidas com representantes da Secretaria de Estado da Segurança Pública, da Polícia Civil e da Polícia Militar.
Além disso, a exemplo dos demais MPs do Brasil, o Ministério Público do Paraná aderiu ao programa nacional “O MP no enfrentamento à morte decorrente de intervenção policial”, instituído pelo Conselho Nacional do Ministério Público, por meio da Comissão do Sistema Prisional, Controle Externo da Atividade Policial e Segurança. A iniciativa do CNMP tem como objetivo assegurar a correta apuração das mortes de civis em confrontos com policiais e guardas municipais, garantindo que toda ação do Estado que resulte em morte seja investigada.