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A polícia da Bahia investiga um empresário que fez o teste do coronavírus em São Paulo e foi pra casa de praia dele em Porto Seguro - antes de saber o resultado. Esse tipo de comportamento é condenado por médicos, autoridades sanitárias e também pelo governo federal.
Cercado de verde, de frente pro mar do litoral sul da Bahia, um condomínio virou uma quarentena de luxo. Dentro de uma das casas, estão 3 pessoas infectadas pelo coronavírus. Uma delas é investigada pela polícia de Porto Seguro. Na mesma propriedade, mais 4 pessoas que não podem sair -- duas delas esperando resultado dos exames.
A história dessas infecções começa em São Paulo. Foi no dia 7 de março: o casamento da irmã da influenciadora digital Gabriela Pugliesi em Itacaré, 250 quilômetros ao sul de Salvador.
No dia 11, quatro dias depois do casamento, o hotel avisou que um dos convidados, um paulistano de 26 anos, recém-chegado de Aspen, nos estados unidos, estava com a doença. Nesse mesmo dia, outro convidado, o advogado e empresário Carlos Henrique do Vale Vieira, fez teste no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Ele não esperou o resultado.
Segundo a Vigilância em Saúde de Porto Seguro, ele foi sozinho, num avião particular. Familiares e amigos de Claudio chegaram em voos comerciais. A casa chegou a ter 20 pessoas, entre elas 8 empregados.
Segundo a Superintendência de Vigilância e Proteção da Saúde da Bahia, no dia 13 Carlos Vale acessou o resultado do teste, que deu positivo.
A Procuradoria-Geral da Bahia fez uma representação contra Claudio Vale. A Polícia Civil abriu um inquérito e pretende começar a ouvir o empresário, a mulher dele e os empregados esta semana. Para isso, está buscando equipamentos que protejam os policiais.