sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Médico é condenado a nove anos por violar mulheres em posto de saúde em Alagoas

Médico é preso acusado pelo MP de abusar pacientes pobres no interior de Alagoas

O juiz Douglas Beckhauser de Freitas condenou o médico Adriano Antônio da Silva Pedrosa a cumprir pena de 9 anos, 10 meses e 40 dias de prisão pelo crime de violação sexual mediante fraude contra três pacientes abusadas durante atendimento médico em um posto de saúde de o povoado de Marceneiro, no município de Passo de Camaragibe, no Litoral Norte de Alagoas. O réu está preso desde 29 de março deste ano e teve renovada sua prisão preventiva.
As denúncias foram propostas pelo promotor de justiça Ary de Medeiros Lages Filho em 2015 e agora em 2019, com o argumento de que Adriano Antônio da Silva Pedrosa abusou das pacientes que o procuraram para reclamar de problemas de saúde.
No primeiro caso, há quatro anos, a vítima se queixou de caroços no nariz, no entanto, o médico a despediu e, com uma luva e fazendo uso de um gel, mexeu nas suas partes íntimas, alegando que aquele era um procedimento de rotina que precisava ser feito em todas as pacientes que iam até o seu consultório.
Já em 2019, mais duas mulheres denunciaram conduta criminosa semelhante de Adriano. Todas eram mulheres pobres, pacientes usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS).
“O crime praticado por ele tinha sempre o mesmo modo de agir: a vítima era despida dentro da unidade de saúde, mesmo não tendo procurado socorro para reclamar de quaisquer problemas ginecológicos e, após vestir uma luva em suas mãos, o médico molestava as pacientes sob o pretexto de investigar se elas estavam ou não com alguma doença nos órgãos genitais. Na verdade, essa era apenas uma desculpa usada por ele para praticar o abuso”, denunciou o promotor Ary Lages.