sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Empresa brasiliense pediu R$ 300 mil por “identificar” navio grego como poluidor

Empresa brasiliense pediu R$ 300 mil por “identificar” navio grego como poluidor

Fonte do Ministério do Meio Ambiente confirmou à coluna que o Ibama se negou a pagar R$300 mil cobrados pela Hex, empresa brasiliense de tecnologia geoespacial, em troca da “descoberta” de que um navio grego seria o responsável pelo despejo do petróleo venezuelano no oceano Atlântico.
Desde o início, os técnicos do Ibama receberam com reservas o laudo da Hex apontando o navio Bouboulina como origem da poluição. Procurada, a empresa não respondeu aos questionamentos da coluna.
A posição do Ibama acabou fortalecida, no governo, pelo fato de as investigações não conseguirem confirmar os estudos da Hex.
Também procurado, o Inpe se recusou a referendar as conclusões da empresa brasiliense, preferindo se utilizar do próprio acesso a satélites.
O laudo culpando o navio Bouboulina foi acatado pela Polícia Federal, que, aliás, não tem expertise em investigações de crimes do gênero.
Vários outros laudos de rastreamento, no Brasil e Estados Unidos, também concluíram que o navio grego não foi a origem do óleo.