segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Gaeco questiona decisão de Gilmar Mendes e diz que grupo de Richa tentou coagir testemunhas



O Ministério Público do Paraná (MPPR) afirmou, neste sábado (15), que vai examinar a possibilidade de entrar com recurso para reverter a decisão do ministro Gilmar Mendes, que concedeu habeas corpus ao ex-governador Beto Richa (PSDB). O procurador de Justiça e coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Leonir Batisti, disse que o órgão não concorda com a soltura do investigado, que teria sido realizada por um ministro “escolhido por estratégia duvidosa”.
Segundo ele, a decisão de Mendes é preocupante porque o grupo criminoso alvo da operação Rádio Patrulha, pela qual Richa foi preso, chegou a procurar, no mês passado, possíveis testemunhas para coagi-las. “Em face de informação colhida pelos investigados, de que havia em curso uma apuração dos fatos, eles entraram em contato com pessoas que poderiam testemunhar contra eles para que omitissem a verdade ou mentissem. Isso aconteceu especialmente no caso do pagamento do valor de R$ 1,4 milhão, em dinheiro vivo, na permuta de um apartamento em Curitiba, em que um corretor de imóveis foi abordado pelos suspeitos”, disse Batisti.