quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Presidente interina chega à sede do governo da Bolívia; protestos continuam

Senadora Jeanine Añez segura bandeira boliviana no Congresso da Bolívia em La Paz no dia 11 de novembro de 2019  — Foto: Luisa Gonzalez/Reuters

A líder interina da Bolívia, Jeanine Áñez, chegou nesta quarta-feira (13) à Casa do Governo, no centro de La Paz, para assumir suas funções depois de se autoproclamar presidente na tentativa de acabar com o vácuo de poder surgido após a renúncia de Evo Morales.

Áñez chegou de manhã ao Palácio Quemado, como é conhecido o edifício presidencial boliviano histórico, que Morales havia deixado de usar por considerá-lo um símbolo do velho poder.

A autoridade da presidenta interina é questionada pelos partidários de Morales, porque a Assembleia Legislativa na qual assumiu a Presidência interinamente não reuniu o quórum necessário devido à ausência dos parlamentares leais ao ex-presidente, que na segunda-feira (11) deixou o país para se asilar no México.

Com a ascensão de Áñez, a oposição pretende preencher o vácuo de poder surgido após a renúncia de Morales, de seu vice-presidente e dos titulares de ambas as câmaras do Congresso.

Com a ascensão de Áñez, a oposição pretende preencher o vácuo de poder surgido após a renúncia de Morales, de seu vice-presidente e dos titulares de ambas as câmaras do Congresso.
A situação institucional da Bolívia provocou divisões na América Latina entre uma centro-direita que considera que Morales cometeu fraude e devia deixar o poder e uma centro-esquerda que aponta um golpe de Estado contra ele.

Nesta quarta-feira, o governo do presidente Jair Bolsonaro reconheceu Áñez como presidente da Bolívia por meio de uma mensagem em rede social.