terça-feira, 5 de novembro de 2019

PM é denunciado por estuprar e matar jovem diante do namorado, em Maceió

PM é denunciado por estuprar e matar jovem diante do namorado, em Maceió

O promotor de Justiça Rodrigo Soares, da 9ª Promotoria da Capital, anunciou nesta segunda (04) que o Ministério Público Estadual de Alagoas (MPAL) ajuizou ação penal pedindo a condenação do policial militar Josevildo Valentim dos Santos Júnior, denunciado por homicídio quadruplamente qualificado cometido em 15 de outubro contra Aparecida Rodrigues Pereira, 18, diante de seu namorado, Agnísio dos Santos Souto, 24, que foi baleado após o estupro da vítima, na capital alagoana.
O soldado Valentim foi denunciado na última sexta (1º), pelo caso de Aparecida. Mas ao menos dez outras vítimas também o acusaram de uma série de estupros cometidos na Região Metropolitana de Maceió. Os demais estupros foram noticiados à Polícia Civil por mulheres, nas delegacias dos municípios de Rio Largo e Marechal Deodoro, após a prisão do policial militar.
As penas somadas dos crimes pelo qual o policial militar foi denunciado podem chegar a 60 anos. Além disso, o MPAL pediu, administrativamente, que o soldado seja expulso da Polícia Militar de Alagoas (PM/AL). “Ficamos muito surpresos da conduta desse militar, porque ele deveria proteger a sociedade e não praticar essa barbárie”, disse o promotor, durante entrevista coletiva à imprensa, na manhã de hoje.
A ação penal conta com a confissão de Valentim sobre o crime contra o casal, cometido no bairro do Pontal da Barra. O policial alega que agiu sob efeito de drogas.
O promotor Rodrigo Soares pede a condenação do policial militar por homicídio qualificado, por se valer de motivo torpe, usar recurso que dificultou a defesa da vítima, cometer feminicídio e assegurar a impunidade de outro crime, tentando matar a testemunha do estupro.
A ação também visa condenar o soldado Valentim por tentativa de homicídio triplamente qualificada, praticada contra o namorado da Aparecida, por motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e assegurar a impunidade de outro crime.