segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Navios da Marinha chegam a Suape para reforçar combate ao óleo no Nordeste

Navios da Marinha chegam a Suape para reforçar combate ao óleo no Nordeste

Mais de dois meses após o surgimento das primeiras manchas de óleo do desastre que atinge o litoral brasileiro, os dois maiores navios da Marinha do Brasil chegaram, neste domingo (10), ao Porto de Suape, no Grande Recife (PE), para reforçar o combate ao vazamento de petróleo no Nordeste.
A operação sem data prevista para ser encerrada conta com 700 fuzileiros navais terá uma de suas bases da operação “Amazônia Azul, Mar Limpo é Vida”, no Porto de Suape, de onde serão distribuídas pela costa nordestina as tropas, veículos e helicópteros transportados pelos navios.
“Uma das bases vai ficar aqui [em Suape], mas vamos levar não só os navios, como tropas e veículos, para outros locais como Fortaleza, Salvador, Ilhéus, que fica perto do Parque de Abrolhos, ou seja, vamos espalhar ao longo da costa do Norte e Nordeste”, afirmou o almirante José Cunha, em entrevista à TV Globo.
Outra base será montada em Tamandaré, no Litoral Sul de Pernambuco, de onde devem sair equipes para atuar em Alagoas.
Os militares receberam treinamento para fazer a limpeza dos locais atingidos. E têm como missão é monitorar principalmente manguezais, estuários e o lado externo dos arrecifes, com as equipes que já atuam no combate ao desastre ambiental.
O navio-doca multipropósito (NDM) Bahia e o porta-helicópteros multipropósito (PHM) Atlântico deixaram o Rio de Janeiro em direção ao Nordeste no dia 4 de novembro. Navios e helicópteros seguem sendo utilizados ao longo da costa em busca de manchas de óleo em alto-mar.
Iniciado no final de agosto, o desastre com óleo já atingiu 427 localidades, de acordo com os números mais recentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), divulgado na sexta-feira (8).
“Ontem [sábado, 9], nós recebemos um engenheiro da Petrobras que nos deu palestras sobre como despoluir mangues, arrecifes e praias, e também como são as precauções de segurança para essa despoluição”, detalhou o almirante Cunha. “Não só quando eles [equipes da Marinha] detectarem, mas quando também formos acionados, nós vamos ao local e retiramos a mancha e os pontos de poluição”, completou.