domingo, 17 de novembro de 2019

Câmara ‘sepultou’ Pacote Anticrime e o ministro Sérgio Moro sem sabe

Para Moro, ‘pressão desumana’ é um dos motivos para índice de suicídio entre policiais

A comissão de deputados criada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, ele próprio alvo de citações na Lava Jato, liquidou os projetos do ministro Sérgio Moro (Justiça). O grupo de 17 deputados se encarregou de ‘matar’ o Pacote Anticrime. As propostas mais importantes, do “excludente de ilicitude” à prisão em 2ª instância, tudo foi engavetado ou “aperfeiçoado”. Moro não parece ciente da morte do seu pacote: há dias, ele disse haver retomado a confiança após a Reforma da Previdência. 
Advogados da Lava Jato foram escolhidos a dedo pela comissão criada por Rodrigo Maia, como “consultores” para detonar o Pacote Anticrime.
Crítico da Lava Jato, o criminalista Antonio Carlos de Almeida Castro (Kakay) foi um dos “ouvidos” pelo paredão de fuzilamento do pacote.
Kakay confirma que o projeto de Moro está mortinho da silva. “O pacote dele foi absolutamente derrotado” pela comissão, comemora ele.
Em setembro passado, Rodrigo Maia afirmou que a Câmara “deve aprovar a maior parte” ou 60 a 70% do pacote. Ele esconde o jogo.