sábado, 20 de julho de 2019

O Poder Judiciário está refém das Forças Armadas



Em junho, o Supremo Tribunal Federal negou novamente liberdade ao ex-presidente Lula. A defesa pedia que fosse declarada a suspeição do então juiz Sérgio Moro, com base nas mensagens divulgadas pelo The Intercept Brasil, que vem revelando diálogos comprometedores do ex-juiz com o procurador Deltan Dallagnol, no âmbito da Operação Lava-Jato, particularmente no caso Lula.

Mas, essa decisão não é novidade. A estranha cumplicidade das instâncias superiores, em particular do STF com as ações arbitrárias, ilegais e inconstitucionais da Lava-Jato contra o ex-presidente sempre gerou perplexidade nos meios jurídicos. No STF a única resistência era ministro relator, Teori Zavascki, que morreria janeiro de 2017, na queda do avião que o levava a Paraty, no Rio de janeiro. 


As demais manifestações de ministros do STF, ora reconhecendo as arbitrariedades, ora as ilegalidades cometidas pelo ex-juiz Sérgio Moro, nunca passaram do campo teórico.

Em abril de 2018, o STF sob pressão social, se reuniu para julgar o habeas corpus que poderia livrar Lula de ir para a prisão, mas, na véspera do julgamento, o Comandante do Exército naquela ocasião, general Villas Bôas, veio a público e disse em alto e bom som, “Asseguro à Nação que o Exército Brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem, de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à Democracia, bem como se mantém atento às suas missões institucionais”