sábado, 13 de julho de 2019

Novo vazamento: Juiz do TRF-4 adiantou ao MPF que provas eram 'fracas'



Em novo episódio de conversas vazadas, mensagens trocadas pelo Telegram entre procuradores do MPF (Ministério Público Federal) revelam que um juiz do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) adiantou aos envolvidos na investigação da operação Lava Jato de que as provas apresentadas contra um réu eram “fracas”.


O magistrado do TRF-4 citado pela revista é o desembargador João Pedro Gebran Neto, que atua como relator dos casos da operação que chegam ao órgão encarregado de julgar em segunda instância os processos da Lava-Jato em Curitiba.
Os diálogos nos quais Gebran é citado se referem a Adir Assad, acusado de ser um dos operadores de propinas da Petrobras. Assad foi preso pela primeira vez em março de 2015, e em setembro do mesmo ano foi condenado pelo então juiz Sergio Moro a 9 anos e 10 meses de prisão pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
Mensagens trocadas apontam que, com o caso de Assad submetido à segunda instância no TRF-4 e sob análise de Gebran, Deltan Dalla­gnol comentou, no dia 8 de fevereiro de 2017, em um chat com outros colegas do MPF que o desembargador o adiantou um parecer sobre as provas apresentadas pela acusação contra Assad.