quinta-feira, 18 de julho de 2019

De cama, idoso de 91 anos está sem receber aposentadoria porque não consegue provar que está vivo ao INSS

Idoso, que está de cama, não conseguiu fazer prova de vida dentro do prazo, segundo familiares — Foto: Alceu Nievola/RPC Ponta Grossa

Um morador de Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, está há dois meses sem receber a aposentadoria porque não consegue comprovar que está vivo ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Ary Silva, de 91 anos, não consegue se locomover e vive na cama, segundo a família.

O idoso conseguiu renovar o benefício em 2018, de acordo com os familiares. No entanto, pela condição dele neste ano, o homem perdeu os prazos para ir até uma agência do INSS para fazer a prova de vida.

O filho de Ary, Paulo Silva, relatou que um agendamento chegou a ser feito pelo telefone para que um parente fosse até a agência apresentar os documentos pessoais do idoso, além de um atestado comprovando que ele não poderia andar.

De acordo com o filho do idoso, uma atendente do INSS recolheu os documentos e anotou um telefone de contato, dizendo que retornaria num prazo de até três meses. No entanto, a família ainda não obteve resposta.

Segundo o INSS, em todo o Brasil, 529 mil pessoas não fizeram a prova de vida dentro do prazo estipulado, de 12 meses, para renovar o benefício. Só no Paraná, até março deste ano, são 29 mil pessoas, de acordo com os dados do instituto.

Ainda no mês de março, o INSS publicou uma resolução prevendo que beneficiários com mais de 80 anos ou com dificuldade de locomoção pudessem fazer a prova de vida em casa. Para isso, um agente seria direcionado até a residência do solicitante após um agendamento.