
O ex-ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República e atual prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva, negou hoje qualquer irregularidade durante o período como tesoureiro da campanha à reeleição da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2014, principalmente as suspeitas de recebimento de recursos de caixa 2 pagos pela Odebrecht. "Que poder que eu tenho para ordenar alguma coisa para a Odebrecht?" disse Edinho, repetindo, segundo ele, o que falou no depoimento prestado ontem, como testemunha, ao ministro Herman Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no processo que pede a cassação da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer.
O ex-tesoureiro da campanha de Dilma reafirmou que o então presidente da construtora, Marcelo Odebrecht, preso na Operação Lava Jato, já declarou ter doado R$ 10 milhões em caixa 1 para a campanha da ex-presidente. Edinho também rebateu a denúncia que, segundo ele, o ex-diretor da construtora Alexandrino Alencar fez ao TSE, de que teria pedido recursos por meio de caixa 2 para a compra de tempo de televisão para partidos da coligação liderada por Dilma.
"Se doações na campanha de Dilma foram legais, por que eu pediria doações ilegais para outros partidos?", disse o ex-ministro. "Eu nunca participei de uma reunião cuja pauta fosse de caixa 2 e, se houve doação por caixa 2 para outros partidos, foi opção da empresa", disse.