terça-feira, 28 de março de 2017

Agressões viram rotina na vida de profissionais da saúde no Paraná

Resultado de imagem para profissionais da saude são agredidos

Ao longo dos últimos anos, com o agravamento da crise econômica e a consequente contenção de gastos apresentada como solução para o saneamento das contas públicas, o setor de saúde acabou sangrando. Subfinanciamento, falta de estrutura, falta de pagamento dos profissionais e até a escassez de materiais básicos são alguns dos problemas verificados por todo o país e que afetam fortemente aqueles que estão na “linha de frente” da saúde — enfermeiros, médicos e recepcionistas, entre outros.
E por estarem na linha de frente do atendimento, sofrem com a violência contra os profissionais da saúde, que são uma espécie de “porta de entrada” para o serviço. Não que o assunto seja novidade, mas porque, nas visões do Conselho Regional de Enfermagem (Coren-PR) e do Conselho Regional de Medicina (CRM-PR), a escalada dessa violência levou a um cenário inédito, transformando o consultório médico quase que num ringue.
“É noticiado quase que diariamente algum tipo de violência cometido contra algum profissional de saúde. São trabalhadores constantemente vítimas de violência, seja física, psicológica ou verbal”, afirma Maurício Marcondes Ribas, corregedor-geral do CRM-PR. “Não existem dados oficiais no Paraná, mas seguramente, se for feito um levantamento das várias unidades, todo dia vai ter uma queixa de alguma rusga entre paciente e o profissional de saúde”, complementa.