quinta-feira, 30 de março de 2017

GERENTE DIZ QUE PAGOU DINHEIRO ROUBADO A EX-PRESIDENTE DO TCE DE AL



Um gerente de banco disse ter repassado parte dos R$ 100 milhões roubados do Tribunal de Contas do Estado de Alagoas (TC/AL) para o ex-presidente Otávio Lessa e para outros conselheiros desta Corte. O depoimento colhido pela Polícia Federal (PF) foi um dos argumentos para a deflagração de uma nova fase da Operação Rodoleiro, com o cumprimento de mandado de busca e apreensão nessa terça-feira (28) na sede TC de Alagoas.
Sérgio Timóteo Gomes de Barros, gerente do posto do Bradesco que funcionava dentro do TC, que aliás saiu do emprego em 2008, declarou à PF que “Otávio Lessa e outros conselheiros receberam das mãos do próprio gerente, partes dos recursos desviados daquele tribunal”. É o que diz o mandado judicial expedido pela 2ª Vara da Justiça Federal em Alagoas, a pedido do Ministério Público Federal (MPF).
A partir desse depoimento, foi deferida pela 2ª Vara da Justiça Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) a quebra de sigilos fiscal e bancário de investigados. E as novas buscas por provas é apenas uma das medidas negadas e não apreciadas anteriormente, que foram deferidas graças ao depoimento e à mudança de foro de alguns dos alvos da ação penal.
Otávio Lessa é o terceiro ex-presidente do TC de Alagoas envolvido na investigação do esquema milionário. O MP revelou no dia 15 deste mês de março a participação dos ex-presidentes do TC de Alagoas Luiz Eustáquio Tolêdo e Isnaldo Bulhões no esquema. E fez um aditamento à ação civil pública por atos de improbidade administrativa que havia sido protocolada em 2013 contra oito pessoas, dentre servidores do TC e funcionários do banco.