Dunga, 50 anos, acertou com a CBF e será o novo técnico da seleção brasileira. Sua apresentação está marcada para esta terça-feira (22), e o treinador já deve comandar o time nacional nos primeiros amistosos pós-Copa, em agosto, nos EUA. O presidente da CBF, José Maria Marin, e seu sucessor, Marco Polo Del Nero, conduziram pessoalmente a contratação de Dunga. Os três se reuniram pelo menos duas vezes nos últimos dias em São Paulo, onde Marin e Del Nero moram. As negociações acontecem desde a última quarta-feira (16) e foi concretizada no fim de semana.
Dunga e a cúpula da CBF passaram as últimas horas discutindo qual será a formação da nova comissão técnica da seleção, uma vez que todo o estafe que participou da Copa de 2014 foi dispensado pela confederação. A expectativa é que, na terça-feira, ao ser apresentado na nova sede da CBF, Dunga também anuncie a sua comissão técnica que passará a trabalhar com ele, focando a Copa da Rússia, em 2018.
A chegada do técnico tem o aval também do novo coordenador de seleções da CBF, Gilmar Rinaldi. O ex-goleiro e ex-empresário estava ao lado de Dunga na Copa de 1994 e foi apresentado na semana passada com a proposta de reformular as seleções de base e principal. Antes de se acertar com a CBF, Dunga tinha alinhavado um acordo para comandar a seleção da Venezuela. Mas, a partir do convite para voltar à seleção, o treinador abdicou do contrato com o time do país de Hugo Chávez.
O retorno de Dunga à seleção brasileira acontece quatro anos após a sua demissão. O treinador assumiu o time nacional em 2006, após o fiasco na Copa da Alemanha, e conquistou a Copa América de 2007 e a Copa das Confederações de 2009. No Mundial da África do Sul, o treinador viu seu time ser eliminado pela Holanda nas quartas de final. À frente da seleção novamente, Dunga terá a missão de promover uma reformulação na seleção que disputou a Copa de 2014. Muitos nomes do time de Luiz Felipe Scolari, como Júlio César e Fred, não terão condições de atuar no próximo Mundial.
A chegada de Dunga mantém os gaúchos no comando da seleção brasileira. Luiz Felipe Scolari, técnico que fracassou na Copa de 2014, e Mano Menezes, que conduziu o time nacional entre 2010 e 2012, também são nascidos no Rio Grande do Sul.
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