Em agosto de 2021, Mendes já havia atendido o pedido da defesa de Richa e determinado que o processo saísse da Justiça Federal para ser julgado pela Justiça Eleitoral. A alegação dos advogados do ex-governador é de que o STF, que determinou que a Justiça Eleitoral tem competência para julgar crimes comuns que tenham relação com crimes eleitorais.
Na denúncia, o MPF apontou que o esquema teria desviado R$ 8,4 bilhões através do aumento de tarifas de pedágio e obras não realizadas. De acordo com a investigação, concessionárias pagavam propina ao grupo do ex-governador em troca da elevação das tarifas e cancelamento de obras. O ex-governador sempre negou as acusações. A propina paga teria chegado a R$ 35 milhões, segundo o MPF.
A investigação tomou como base a delação do ex-diretor do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR), Nelson Leal Júnior, que apontou superfaturamento de obras e pagamento de propina a políticos e servidores do Estado.