terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Doria diz que "nunca os governadores estiveram tão unidos"

Governador do Estado de São Paulo, João Doria 
21/02/2019
REUTERS/Amanda Perobelli

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), informou que o presidente Jair Bolsonaro ainda não respondeu a carta enviada por 20 governadores brasileiros após o presidente acusar o governador da Bahia, Rui Costa (PT), pela morte do miliciano Adriano da Nóbrega. O governador almoçou hoje com o governador do Rio, Wilson Witzel, acompanhado dos ex-assessores da campanha de Bolsonaro, Paulo Marinho e Gustavo Bebiano.

Além do almoço com Witzel, onde tratou de outras questões como pacto federativo, turismo e segurança, o governador de São Paulo vai participar de mais dois eventos no Rio: o campeonato de tênis Rio Open e o desfile das escolas de samba do Grupo Especial na noite deste domingo.

Segundo Doria, os governadores reunidos no Fórum recém-criado concordaram em esperar até depois do Carnaval para ter uma resposta à carta enviada por eles na semana passada na qual acusam Bolsonaro por fazer declarações que ferem a democracia brasileira. Se a resposta não vier, porém, uma segunda carta poderá ser enviada. De acordo com Doria, "nunca os governadores estiveram tão unidos", e que isso seria responsabilidade das próprias declarações de Bolsonaro.

O grupo de governadores tem conversado diariamente por Whatsapp, segundo o governador paulista, que manifestou preocupação também com o que está ocorrendo no Ceará, onde policiais estão envolvidos em um motim que resultou inclusive em disparos contra o senador licenciado Cid Gomes. Doria afirmou que "miliciar a polícia tira a legitimidade da categoria e é uma afronta à Constituição".