quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

PRESIDENTE DA COLÔMBIA DESTACA LIDERANÇA DO BRASIL NO CONTINENTE



O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, ganhado do Prêmio Nobel da Paz, pediu uma conferência por telefone com o presidente Michel Temer, no início da noite desta terça-feira (23), já que não conseguiriam se encontrar pessoalmente em Davos, na Suíça, onde se realiza o Fórum Econômico Mundial. Santos chamou Temer de "grande amigo" e disse que "o Brasil é e será sempre o ator principal na região".
A conversa se deu por telefone porque o colombiano participou da conferência em Davos na terça, enquanto Temer somente chegou à cidade nesta quarta-feira (24), depois de desembarcar na véspera do Zurique.
No telefonema, Santos e Temer trocaram impressões sobre eleições na Colômbia, no México e no Brasil a defesa da democracia na Venezuela. Brasil e Colômbia lideraram a iniciativa dos países do Grupo de Lima, cujos chanceleres se reuniram nesta terça-feira em Santiago do Chile, que protestaram em nota contra a antecipação das eleições presidenciais venezuelanas para abril, o que “torna impossível a realização de eleições presidenciais democráticas, transparentes e confiáveis, de acordo com os padrões internacionais, e contradiz os princípios democráticos e de boa fé para o diálogo entre o governo e a oposição”. Participam do Grupo de Lima, além de Brasil e Colômbia, Argentina, Canadá, Chile, Costa Rica, Guatemala, Guiana, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru e Santa Lúcia.
A declaração de Santiago
Leia a íntegra da nota do Grupo de Lima, divulgada ontem em Santiago do Chile:
“Os ministros das Relações Exteriores e representantes da Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Guiana, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru e Santa Lúcia, reunidos na cidade de Santiago do Chile, em 23 de janeiro de 2018, para continuar avaliando a situação na Venezuela:
1. Rejeitam a decisão do governo da Venezuela de convocar eleições presidenciais para o primeiro trimestre deste ano. Esta decisão torna impossível a realização de eleições presidenciais democráticas, transparentes e confiáveis, de acordo com os padrões internacionais, e contradiz os princípios democráticos e de boa fé para o diálogo entre o governo e a oposição.
2. Exigem que as eleições presidenciais sejam convocadas com antecipação adequada, com a participação de todos os atores políticos venezuelanos e com todas as garantias correspondentes, inclusive a participação de observadores internacionais independentes. Eleições que não atendam a essas condições não terão legitimidade ou credibilidade.
3. Condenam os atos de violência, com a consequente perda de vidas humanas, e instamos o governo venezuelano a adotar medidas urgentes para garantir o estado de direito, os direitos fundamentais do povo e recuperar a paz social. Exigem, também, uma investigação imparcial sobre as alegadas execuções extrajudiciais.
4. Destacam as ações individuais e coletivas de vários atores da comunidade internacional para incentivar o retorno imediato à normalidade democrática na Venezuela. Em particular, a liderança e a iniciativa do presidente da República Dominicana, Danilo Medina, de convocar um diálogo entre o governo e a oposição venezuelana.