domingo, 28 de janeiro de 2018

EXPLOSÃO DE AMBULÂNCIA-BOMBA EM CABUL MATA 95 E FERE 158 PESSOAS



Uma explosão ocasionada por um ambulância-bomba, neste sábado, 27, deixou pelo menos 95 mortos e 158 feridos no centro de Cabul, capital do Afeganistão, de acordo com o último levantamento das vítimas informado pelo porta-voz do Ministério da Saúde do Afeganistão, Ismail Kawosi. O governo ainda teme que o número de mortos e feridos aumente.
O ataque, reivindicado pelo grupo terrorista Taleban, ocorreu por volta das 12h50 locais (6h20 em Brasília) em frente à antiga sede do Ministério do Interior, onde funcionam alguns órgãos da pasta, e perto de um dos escritórios do Diretório Nacional de Segurança (NDS), a principal agência de inteligência do país.
O porta-voz da polícia de Cabul, Basir Mujahid, confirmou que um suicida, com um carro lotado de explosivos, conseguiu entrar no complexo do ministério. "Ele detonou o veículo quando foi identificado pelos agentes", disse o porta-voz. O porta-voz dos talebans, Zabihullah Mujahid, reivindicou o atentado através de uma mensagem divulgada no aplicativo de mensagens Telegram. "Um mártir com um carro-bomba atingiu o primeiro ponto de controle perto Ministério do Interior", disse.
Mujahid ainda afirmou que havia uma grande concentração de policiais afegãos na área na hora do ataque. No local também está o hospital público Jamhuriat e os escritórios de algumas organizações não governamentais. A região é muito movimentada por civis pela existência de vários mercados.
O atentado ocorre em meio a um crescente número de ataques terroristas contra alvos civis por parte dos talebans e do grupo Estado Islâmico (EI) nos últimos dias. No último fim de semana, o Taleban atacou o luxuoso Hotel Intercontinental, em Cabul, onde os terroristas entraram em confrontos com as forças de segurança do país durante 12 horas.
Na quarta-feira, um ataque do EI contra a sede organização Save the Children em Jalalabad, no leste do país, provocou a morte de quatro funcionários da organização não governamental, um civil e um membro das forças de segurança que estava no local.