terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Padre é internado depois de comer carne com veneno



A Polícia de Minas Gerais está investigando como um padre e uma idosa foram envenenados com um raticida no interior do estado. O padre Paulo de Oliveira Costa, de 41 anos e sua mãe, Adelaide Nogueira Costa, de 81 anos, estão internados e se recuperam bem. O religioso estava visitando sua família na cidade de Ouro Fino antes de viajar em missão religiosa para Portugal.

O sacerdote é ligado a Comunidade Canção Nova, com sede em Cachoeira Paulista, no estado de São Paulo e foi transferido para o Hospital Santa Paula, em Pouso Alegre. Ele apresenta os programas “Hora da misericórdia” e “Dai-nos a benção” na rádio Canção Nova.

Dona Adelaide se recupera na Santa Casa de Ouro Fino e já informou à polícia onde comprou a carne moída que foi preparada antes deles apresentarem as complicações de saúde. Dois filhotes de gato que vivem na casa da idosa também comeram a carne com chumbinho e morreram.

A Canção Nova informou que o caso é tratado inicialmente como acidente e destacou que os dois estão fora de perigo.

"No último sábado (27/01), o missionário da Comunidade Canção Nova, padre Paulo de Oliveira Costa (pe. Paulinho), 41 anos, e sua mãe, Adelaide Nogueira Costa, 81 anos, sofreram uma intoxicação alimentar por envenenamento. Tudo indica que foi causa acidental, porém a perícia da Polícia Civil está fazendo a devida investigação para esclarecer o ocorrido. Padre Paulinho estava em visita à família na sua cidade natal, Ouro Fino (MG), no Distrito de Crisólia, e, no próximo mês, fevereiro, irá em missão para Portugal. O sacerdote e sua mãe ainda estão hospitalizados e fora de perigo".

Chumbinho é raticida clandestino

O chumbinho é o nome popular do agrotóxico aldicarbe usado e comercializado com a finalidade de matar ratos. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), além de ser ineficaz no combate aos roedores, o chumbinho é um dos principais responsáveis por intoxicações humanas.

Em 2012 a agência baniu o veneno do mercado brasileiro e quem for pego vendendo o agrotóxico está cometendo crime. Um ano antes, a Bayer, empresa responsável pela produção dele apresentou as autoridades sanitárias um cronograma de descontinuidade e consequente encerramento de importação, distribuição e utilização do produto. Os produtos que ainda estivessem em posse de agricultores seria recolhido pela empresa.