
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) protocolou nesta quinta-feira, 25, na Câmara dos Deputados, o pedido de impeachment do presidente Michel Temer. Com base em informações da delação dos executivos da JBS, a OAB entendeu que Temer cometeu crime de responsabilidade e, por isso, deve ser condenado à perda do mandato e se tornar inelegível por um período de oito anos.
O pedido da OAB leva em consideração as manifestações do presidente da República, que em dois momentos, em rede nacional de televisão, declara textualmente conhecimento com relação a todos os fatos. O presidente declara que escutou desse empresário, que ele nominou como fanfarrão e delinquente, todos aqueles crimes e nada fez com relação ao que escutou", disse o presidente da OAB, Claudio Lamachia, ao chegar à Câmara.
A OAB ressalta ainda que o presidente incorreu no crime de omissão ao ouvir – sem tomar nenhuma atitude – o dono da JBS, Joesley Batista, dizer que estava comprando juízes e um procurador e pagando pelo silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha e do operador Lúcio Funaro. A conversa foi gravada por Joesley em um encontro fora da agenda oficial com Temer no Palácio do Jaburu, na noite do dia 7 de março.
Este é o 17º pedido de impeachment contra Temer e o 13º desde que vieram a público as revelações de Batista em acordo de delação premiada.