domingo, 21 de fevereiro de 2021

Bolsonaro: "Mudança comigo não é de bagrinho, é de tubarão"


 
















Depois de indicar um novo nome para o comando da Petrobras e avisar que na próxima semana fará novas trocas no governo, o presidente da República, Jair Bolsonaro, sinalizou no período da tarde deste sábado, 20, que a outra mudança citada por ele durante o dia a ser anunciada será de peso e envolverá o seu primeiro escalão. "A gente vai fazendo as coisas, vai mudando, vai melhorando. 

Eu não tenho medo de mudar, não. Semana que vem deve ter mais mudança aí para... E mudança comigo não é de bagrinho, não, é tubarão", disse a apoiadores após participar de evento militar em Campinas (SP).

Bolsonaro não disse qual "peixe grande" do governo pode deixar o cargo. No vídeo com a fala do presidente, divulgado por um canal do Youtube, ele é questionado se algum ministro cairá. Ele desconversou e só disse que o questionamento "não foi inteligente".

Pela manhã, o presidente já havia prometido mudanças para a próxima semana, sem entrar em detalhes. "Se a imprensa está preocupada com a troca de ontem (na Petrobras), semana que vem teremos mais", disse em sua fala durante uma cerimônia militar.

Em outra parte do discurso, disse que não lhe falta "coragem para decidir" e que não deixará passar oportunidade.

Como o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) mostrou mais cedo, foi só o presidente falar em novas mudanças no governo que os celulares de Brasília começaram a apitar sem parar por causa de trocas de mensagens.

Fontes contaram ao Broadcast que foi a deixa para que as especulações começassem a surgir e que o foco mais forte recai agora sobre o Banco do Brasil.

No início do ano, Bolsonaro se irritou com o presidente do banco, André Brandão, por medidas para reduzir agências e cortar funcionários por meio de uma plano de demissão incentivada. O presidente chegou a pedir a demissão de Brandão, o que teria sido revertido pela equipe econômica.

A ameaça de trocas no governo ocorre após o chefe do Executivo indicar o general Joaquim Silva e Luna para a presidência da Petrobras, no lugar de Roberto Castello Branco, a quem tem criticado. Os reajustes no preço dos combustíveis anunciados pela estatal pesaram para a decisão do presidente.