sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

‘Verba para pesquisa continua difícil’, diz cientista que sequenciou 1º genoma do coronavírus

 




Apenas 48 horas depois da confirmação do primeiro caso de covid-19 no País, o grupo de pesquisa liderado por Ester Sabino no Instituto de Medicina Tropical da USP divulgava ao mundo o genoma sequenciado do vírus identificado no Brasil. A celeridade recorde gerou comoção e apoio de famosos e anônimos nas redes sociais. Os pesquisadores do grupo, em sua maioria mulheres, foram destaque em várias reportagens. Com a repercussão, o grupo chegou a receber um financiamento do grupo Todos pela Saúde para uma pesquisa sobre prevalência da infecção por covid na população brasileira.

Mas passado um ano do primeiro diagnóstico nacional e do feito dos cientistas brasileiros, a dificuldade para conseguir mais recursos para pesquisa e limitações logísticas e burocráticas continuam, conta Ester.

Em entrevista ao Estadão sobre balanço de um ano da pandemia, a pesquisadora diz que o País ainda não trata a ciência como prioridade e ressalta que, para termos respostas rápidas sobre vacinas e novas variantes é preciso um investimento alto e contínuo em pesquisa.