quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Gaeco prende vereador réu em processo criminal que rompeu tornozeleira eletrônica, no interior do Paraná

Vereador de Porto Rico Benedito José Maria (PDT) foi preso pelo Gaeco por descumprir medidas judiciais, nesta terça-feira (11) — Foto: Câmara Municipal de Porto Rico/Divulgação

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu, na manhã desta terça-feira (11), Benedito José Maria (PDT), presidente da Câmara de Porto Rico, no noroeste do Paraná, por ter rompido a tornozeleira eletrônica e descumprido outras medidas judiciais.

Benedito é réu em um processo criminal que tramita na Comarca de Loanda, também no noroeste, pela prática dos crimes de concussão (45 vezes), que é a extorsão praticada por servidores públicos, falsa identidade (4 vezes) e lavagem de dinheiro (31 vezes).

As investigações foram realizadas entre 2013 e 2017. De acordo com o Ministério Público do Paraná (MP-PR), quando atuava como fiscal municipal de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) ele abordava caminhoneiros, fazendo xigências e ameaças de retenção de mercadorias ou veículos em troca de suborno.

A prisão preventiva, que é por tempo indeterminado, foi cumprida pela equipe do Gaeco de Maringá, no norte do Paraná.

O outro lado

Por telefone, o advogado João Alves da Cruz, que defende Benedito José Maria, disse que vai esclarecer os fatos sobre o rompimento da tornozeleira e pedir, ainda nesta terça, a revogação da prisão do vereador.

Segundo o advogado de Benedito José Maria, a Justiça determinou que Benedito não poderia frequentar alguns locais, entre eles a Prefeitura de Porto Rico, mas a sede do Executivo fica no mesmo prédio da Câmara de Vereadores, o que levou ao entendimento do juiz de que houve descumprimento das medidas cautelares.

Sobre o rompimento dos lacres da tornozeleira, o advogado disse que o vereador teve um problema às margens do rio, quando uma isca enroscou no equipamento e quebrou o lacre. A defesa informou que, no mesmo dia, a central de monitoramento foi avisada e no dia seguinte o lacre foi trocado.

Ainda de acordo com o advogado, o processo estava em segredo de justiça até recentemente e, só agora, está acompanhando melhor o processo.