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O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu, na manhã desta terça-feira (11), Benedito José Maria (PDT), presidente da Câmara de Porto Rico, no noroeste do Paraná, por ter rompido a tornozeleira eletrônica e descumprido outras medidas judiciais.
Benedito é réu em um processo criminal que tramita na Comarca de Loanda, também no noroeste, pela prática dos crimes de concussão (45 vezes), que é a extorsão praticada por servidores públicos, falsa identidade (4 vezes) e lavagem de dinheiro (31 vezes).
As investigações foram realizadas entre 2013 e 2017. De acordo com o Ministério Público do Paraná (MP-PR), quando atuava como fiscal municipal de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) ele abordava caminhoneiros, fazendo xigências e ameaças de retenção de mercadorias ou veículos em troca de suborno.
A prisão preventiva, que é por tempo indeterminado, foi cumprida pela equipe do Gaeco de Maringá, no norte do Paraná.
O outro lado
Por telefone, o advogado João Alves da Cruz, que defende Benedito José Maria, disse que vai esclarecer os fatos sobre o rompimento da tornozeleira e pedir, ainda nesta terça, a revogação da prisão do vereador.
Segundo o advogado de Benedito José Maria, a Justiça determinou que Benedito não poderia frequentar alguns locais, entre eles a Prefeitura de Porto Rico, mas a sede do Executivo fica no mesmo prédio da Câmara de Vereadores, o que levou ao entendimento do juiz de que houve descumprimento das medidas cautelares.
Sobre o rompimento dos lacres da tornozeleira, o advogado disse que o vereador teve um problema às margens do rio, quando uma isca enroscou no equipamento e quebrou o lacre. A defesa informou que, no mesmo dia, a central de monitoramento foi avisada e no dia seguinte o lacre foi trocado.
Ainda de acordo com o advogado, o processo estava em segredo de justiça até recentemente e, só agora, está acompanhando melhor o processo.