
Investigação aberta a pedido da Diretoria de Documentação Histórica da Presidência da República revelou obras de arte e móveis de época seriamente danificados nos Palácios do Planalto e da Alvorada. Além disso, encontrou um depósito com relíquias empilhadas como se fossem entulho. No Alvorada, duas telas de Cândido Portinari – avaliadas em R$ 60 milhões – estão em estado crítico e a tapeçaria Múmias, de Di Cavalcanti, apresenta manchas e descoloração.
O inventário constatou, ainda, o sumiço do vaso de cerâmica pintado por Eliseu Visconti, que pertence à coleção do Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro. O dossiê ao qual também indica que um vaso oriental do século 19 apareceu quebrado e aparentemente foi “remendado” com cola, sendo devolvido nesse estado para aquele museu.
Até agora, o governo abriu seis processos de sindicância para apurar os danos ao patrimônio público e se houve negligência na manutenção do acervo de cerca de 13 mil bens móveis, artísticos, históricos e culturais, conforme determinação do Tribunal de Contas da União.