quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Antes de cirurgia, criança tosse e expele brinco alojado perto do pulmão

Mãe e filha mostram brinco expelido pela criança (Foto: Rayssa Natani/G1)Raio X Brinco (Foto: Arquivo pessoal)

Após engolir um brinco na última quinta-feira (14), a pequena Paula Gabriele Almeida, de 2 anos, seria encaminhada para Manaus, onde passaria por uma cirurgia para retirar o objeto, alojado próximo ao pulmão, segundo o resultado do exame de raio-X realizado no pronto-socorro de Rio Branco. Mas, para a surpresa da mãe Nayma Lima Almeida e dos médicos que acompanhavam o caso, um dia depois de ingerir, a criança expeliu o brinco sozinha ao tossir.
Neyma conta que havia retirado o brinco da orelha pela manhã e colocado embaixo do travesseiro. À noite, antes de dormir, Gabriele deitou na cama para tomar leite na mamadeira e acabou encontrando. "A gente ia dormir, mas antes dei o leite dela e fui sentar no sofá para conversar com o meu marido. Ela terminou de tomar e veio até nós, com ânsia de vômito e o estômago embrulhado, dizendo 'Mamãe, o brinco. Eu comi'", conta.
Gabriele foi levada às pressas para o hospital no município de Acrelândia, onde o médico realizou o primeiro raio-X e encaminhou a paciente para Rio Branco, para tentar a retirada do objeto por meio de endoscopia. "O médico nos disse que o brinco estava próximo à traqueia e que provavelmente daria para ser retirado. Mas caso não fosse possível, ela teria que fazer cirurgia fora do Acre", relembra.

A família saiu pela madrugada de Acrelândia, chegando no Hospital de Urgência e emergência de Rio Branco (Huerb) por volta de 1h. Durante a manhã de sexta, Gabriele passou pela endoscopia, mas o objeto não foi localizado. "Fizemos então outro raio-X e nos informaram que ele estava próximo ao pulmão e deveria ser retirado urgentemente por cirurgia em Manaus. Começamos a correr para providenciar os papéis do TFD [Tatamento Fora de Domicílio] com urgência".

Transferida no mesmo dia para o Hospital da Criança, a menina aguardava pelo TFD para viajar quando expeliu o brinco naturalmente. "Ela tossiu e eu fui colocar a mão, caso ela vomitasse e sujasse tudo, e o brinco 'pulou'. Comecei a gritar no hospital. As enfermeiras ficaram com medo, achando que ela estava passando mal. Eu mostrei o brinco e os médicos não acreditaram. Foi Deus", comemora a mãe
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