Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) voltou a emitir alertas sobre nova onda de calor sobre o Brasil. De acordo com o órgão, as temperaturas podem ficar até 5oC acima da média, fenômeno que deve persistir até o fim do verão, que termina em 20 de março. As altas temperaturas devem atingir diretamente estados como Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
A diretora do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e do Trabalhador, Agnes Soares, explica que o calor em excesso pode ser muito prejudicial à saúde humana. “Idosos, crianças, mulheres grávidas, recém-nascidos, pessoas doentes ou acamadas são vulneráveis e merecem mais atenção. Idosos e crianças, por exemplo, têm muita dificuldade de reconhecer a sede. Por isso, é necessário oferecer água com muito mais frequência a eles”, recomenda Agnes.
O Ministério da Saúde também alerta para o cuidado com a exposição excessiva ao sol, que pode provocar insolação. Ela acontece quando a temperatura corporal ultrapassa os 40o C, fazendo com que o mecanismo de transpiração falhe e o corpo não consiga se resfriar. O quadro merece especial atenção porque com o aumento rápido da temperatura corporal, a pessoa acaba perdendo muita água, sais e nutrientes importantes para a manutenção do equilíbrio do organismo.
A prevenção da insolação é possível com algumas medidas simples, como:Evitar permanecer sob o sol entre 10h e 16h. Além de insolação, a grande exposição ao sol, com frequência, pode provocar também o câncer de pele;
Usar roupas leves, de cores claras e que não fiquem apertadas ao corpo;
Usar protetor solar com FPS 30 ou mais e evite queimaduras na pele;
Beber muitos líquidos, para evitar a desidratação. Prefira água, água de coco e sucos de frutas naturais;
Ter muito cuidado com as bebidas alcoólicas que, em excesso, causam desidratação.
Fatores de risco
Os cuidados se estendem especialmente a pessoas que vivem com fatores de risco, como: doenças transmissíveis ou crônicas, principalmente doenças cardiovasculares, respiratórias, renais, metabólicas, endócrinas, psiquiátricas, além de diabetes, hipertensão, obesidade, câncer, entre outras condições crônicas preexistentes. Os trabalhadores ao ar livre, que ficam mais expostos ao calor por períodos prolongados, também devem redobrar os cuidados.
As orientações para a população e para os profissionais de saúde durante o período de calor estão disponíveis em nota técnica publicada pelo ministério. No documento, a pasta informa que, como as ondas de calor são eventos extremos cada vez mais frequentes e severos, é importante que sejam realizados, nas três esferas de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), planos e estratégias para o enfrentamento desses eventos.