quarta-feira, 21 de setembro de 2022

A 11 dias das eleições, 33% dos candidatos não receberam nenhum dinheiro público dos partidos
















A pouco menos de duas semanas da eleição, 33% dos candidatos aptos não receberam nenhum dinheiro do partido para a campanha deste ano segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O número vale para todos os cinco cargos em disputa (deputado estadual ou distrital, deputado federal, senador, governador e presidente) e é maior entre quem concorre a deputado distrital (43% não receberam) e a deputado estadual (38%) e menor entre os que tentam se eleger presidente (18%) ou governador (21%).

A divisão das verbas partidárias também varia dentro das siglas, que recebem montantes conforme a votação obtida em 2018. Os dados considerados abaixo são os do Fundo Eleitoral e do Fundo Partidário.

A legislação eleitoral determina que os partidos devem destinar os recursos do Fundo Eleitoral proporcionalmente ao total de candidatas mulheres e candidatos negros. O percentual para as mulheres, contudo, não pode ser menor que 30%. No caso dos negros, se um partido lançou 50% de candidatos que se identificam como negros, eles devem receber 50% dos recursos do Fundo.

O Pros, por exemplo, destinou recursos para 27% dos seus candidatos e está entre os que menos distribuíram o valor para este fim. Por outro lado, o PC do B enviou o dinheiro para 97% dos filiados à legenda que tentam alguma vaga na eleição de 2022 – é o partido com divisão mais igualitária.

Partido do presidente Jair Bolsonaro, o PL destinou parcela dos R$ 288,5 milhões aos quais têm direito para 68% dos seus candidatos. Os demais 32% não receberam nada.

Líder das pesquisas, o PT de Lula aparece em 4º lugar na distribuição mais igualitária, com 95% dos candidatos contemplados pelo fundo eleitoral que cabe à sigla (R$ 503,4 milhões). Os outros 5% não receberam verbas.