quarta-feira, 6 de julho de 2022

Caixa pagou R$ 50 mil em obras em mansão de Pedro Guimarães

 


A Caixa Econômica Federal teria gastado cerca de R$ 50 mil em obras na mansão do ex-presidente do banco estatal Pedro Guimarães. A informação foi revelada pelo jornal Folha de S. Paulo.

As reformas aconteceram em junho de 2020, na casa onde Guimarães vive em Brasília. Quatro funcionários de uma empresa, que tem contratos com a Caixa para realização de serviços de manutenção em prédios e agências, teria prestado serviços na mansão do agora ex-presidente da empresa.

Segundo o jornal, a informação foi confirmada por dois funcionários da EMIBM Engenharia e, além disso, há registros de imagens das obras sendo realizadas. Servidores da Caixa revelaram que os valores giravam em torno de R$ 50 mil

O advogado de Pedro Guimarães, José Luis Oliveira Lima, confirmou que as reformas aconteceram e justificou que as obras tiveram autorização do setor de segurança da Caixa, depois de Guimarães ter recebido supostas ameaças.

O banco estatal, por sua vez, confirmou o gasto e repetiu a justificativa de que as obras aconteceram em função da segurança do ex-presidente. As normas internas permitiriam as melhorias na mansão.

A Folha revelou que, por meio de mensagens, a então diretora executiva de Logística e Segurança da Caixa, Simone Benevides de Pinho Lima, autorizou que funcionários da EMIBM fosse até a casa de Guimarães para fazer os trabalhos solicitados. Ela justificou que as obras ocorreram na época do auxílio emergencial, por questões de segurança. Pedro Guimarães teria sido alvo de ameaças.

Eliziário Filho, funcionário da empresa que realizou as obras, afirmou que, salvo engano, ele e o eletricista Francisco Adriano instaram 11 postes de luz na casa do ex-presidente da Caixa. “Antigamente tinha uma cerca, tiraram a cerca e ela ficou aberto pro lado.

Quem me contratou foi a EMIBM, nós prestamos serviços pra ele. Para mim, nada com a Caixa. Eu nem sabia que ele era da Caixa”, disse ao jornal.

A EMIBM Engenharia declaro que não iria se manifestar sobre o caso, por questões envolvendo clausulas de confidencialidade no contrato.

Antes da obra em junho de 2020, Guimarães havia tentado aprovar outra despesa envolvendo a casa. Ele pediu que a Caixa pagasse a instalação de uma cerca, mas a demanda foi negada. À época, Simone Benevides não era a responsável por aprovar os pedidos.