quarta-feira, 15 de julho de 2020

Fundação Volks e BASF se unem para produzir máscaras com acessibilidade

Fundação Volks e BASF se unem para produzir máscaras com acessibilidade

A Fundação Volkswagen e a BASF uniram-se para apoiar a produção de máscaras de algodão laváveis com visor transparente na região da boca. O objetivo é tornar esse equipamento de proteção individual, fundamental para a prevenção contra o novo coronavírus, acessível para pessoas com deficiência auditiva que realizam leitura labial. 
Além disso, esse modelo humaniza o convívio em tempos de pandemia, uma vez que possibilita a visualização de sorrisos e outras expressões faciais.
Segundo a marca, a ideia nasceu de um colaborador da Volkswagen Financial Services, uma das empresas que fazem parte dos órgãos de governança da Fundação Volkswagen, inspirado na iniciativa de uma estudante norte-americana. 
“Ele e seu grupo do curso de mestrado em Gestão da Inovação da Universidade Federal do ABC procuraram a Fundação, em busca de apoio técnico para um protótipo. Não só por termos um projeto de costura, mas também porque a inclusão de pessoas com deficiência é uma das causas que abraçamos”, explica Vitor Hugo Neia, diretor de Administração e Relações Institucionais da Fundação.
A partir desse contato, a Fundação Volks apresentou o desafio a uma das empreendedoras participantes do Costurando o Futuro, projeto voltado à empregabilidade a ao empreendedorismo em comunidades por meio da formação profissional em costura. 
Muitos dos itens produzidos e comercializados pelas costureiras são feitos de tecidos automotivos doados pelo Grupo VW e fornecedores que, pela técnica do upcycling, dão origem a bolsas, mochilas e outros acessórios.
Segundo a instituição, após os primeiros testes, que envolveram pessoas com deficiência de associações parceiras, percebeu-se que os plásticos disponíveis no mercado embaçavam no momento da fala, o que dificultava a visualização da boca e, consequentemente, a leitura labial. 
Foi então que a Fundação Volks, por meio da área de Qualidade da Volkswagen do Brasil, chegou à BASF, para verificar a existência de algum produto para diminuir o embaçamento.
“Na ausência desse produto, a BASF desenvolveu um filme plástico antiembaçante produzido por uma parceira, que reduziu consideravelmente o problema. Além disso, as duas empresas doaram matéria-prima suficiente para a produção de mais de 100 mil máscaras. As peças são comercializadas pelo preço de custo e toda a renda é revertida para as costureiras”, aponta Sandra Viviani, analista de responsabilidade social que coordena o projeto na Fundação.
Essa ação soma-se à produção de mais de 120 mil máscaras de algodão tradicionais, encomendadas por empresas do Grupo Volkswagen, seus concessionários e fornecedores às participantes do projeto Costurando o Futuro, que mobilizou quase 100 pessoas, contribuindo com o sustento de seus negócios e famílias em meio à crise econômica.