quarta-feira, 1 de abril de 2020

São Paulo encara resistência de elenco a proposta de adequação salarial durante pandemia

Fernando Diniz conversa com elenco do São Paulo — Foto: Divulgação São Paulo

A proposta de adequação salarial feita pela diretoria do São Paulo ao elenco profissional sofre resistência de uma parte significativa dos jogadores, que não quer aceitar o acordo que visa cortar despesas do clube durante o período de paralisação do futebol por causa da epidemia de Covid-19.

Alguns jogadores entendem que a diretoria tenta incluir no acordo dívidas antigas que mantêm com os atletas. Esse jogadores querem primeiro receber os valores atrasados, para então discutir acordo relativo a pagamentos futuros.

O clube propõe uma série de ajustes temporários no pagamento aos jogadores, como corte de 50% no salário pago em carteira (CLT) e suspensão dos direitos de imagem a partir deste mês (com pagamento previsto para o início de maio)

O São Paulo garante um mínimo de R$ 50 mil mensais e afirma que reembolsará todos os valores quando a crise passar, em seis parcelas.

As conversas são lideradas pelo diretor executivo de futebol Raí e pelo gerente executivo Alexandre Pássaro.

Sem consenso entre clube e jogadores nessas condições, existe uma tendência de que as conversas sigam por um meio-termo. Mas não há qualquer prazo por uma definição.

O São Paulo trata a proposta como a única possível neste momento de crise financeira e diminuição de receitas – e, no documento, afirma que os termos valem até 30 de junho. Se nada mudar até lá, uma nova adequação terá que ser feita.

Paralelamente à discussão salarial, o São Paulo comunicou os atletas na última terça-feira que eles terão férias coletivas de 20 dias a partir desta quinta. A decisão foi anunciada na tarde desta quarta-feira