quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Polícia mira quadrilha com sede em Curitiba que aplicou golpes em 6 estados; isca eram os bitcoins



A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu 9 pessoas suspeitas de estarem envolvidas com a uma quadrilha que aplicava golpes em investidores de bitcoins por meio de uma empresa com sede em Curitiba. As ordens judiciais estão divididas em 11 mandados de prisão temporária, 11 de busca e apreensão, 16 de bloqueio de contas bancárias e 24 de sequestro de veículos. Duas pessoas estão foragidas.
Os mandados estão sendo cumpridos em Curitiba, Pinhais e Piraquara – municípios da Região Metropolitana de Curitiba –, bem como em Pontal do Paraná, no Litoral do Estado e em São Paulo (SP). O prejuízo estimado ultrapassa R$ 1,5 bilhão, entre o dinheiro investido pelas vítimas e a promessa de rendimento feita pelos criminosos.
Cerca de 50 policiais civis participam da ação, que utiliza 20 viaturas para o deslocamento e conta com o apoio de helicóptero da PCPR.
Conforme apurado, o golpe era operado através de e-mails e mensagens instantâneas por aplicativo de whatsapp. As vítimas geralmente tornavam-se alvos dos suspeitos após serem recomendados por terceiros, geralmente pessoas de confiança, a investir em bitcoins através da referida empresa.
Uma das vítimas afirmou que um dos suspeitos, responsável por angariar investidores, prometia rendimentos de 3% a 4% ao dia. O golpe se efetivava quando as vítimas transferiam o dinheiro para contas bancárias gerenciadas pelos suspeitos.
O indício de que a operação era um golpe foi constatado quando as vítimas receberam uma mensagem da empresa, informando que em um prazo de seis meses os investidores não poderiam fazer saque. A justificativa era de que a empresa teria sido vítima de uma fraude de cerca de R$ 20 milhões na Argentina. Porém, ao final do período, os criminosos voltaram a prorrogar o prazo.
A investigação já chegou a identificar 500 vítimas dos criminosos, mas a estimativa é que o número possa chegar a cinco mil. O grupo criminoso é investigado por estelionato, associação criminosa, lavagem de dinheiro e falsificação de documento particular.