quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Justiça da França não aceita decisão do TRF-4 que determina volta de criança para a mãe no Paraná


Imagem relacionada

A Justiça da França não aceitou a decisão unânime do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que determinou a volta de uma menina, de 5 anos, para a casa da mãe, a psicóloga Valéria Ghisi, em Curitiba.

Com isso, a mulher denunciou o caso à Organização das Nações Unidas (ONU) com a ajuda de uma ONG de direitos humanos.

"Foi uma decisão arbitrária, de total desrespeito a qualquer possibilida de cooperação internacional", diz a mulher.

A menina nasceu na França, onde mora o pai, que é um funcionário público francês. O casamento, segundo ela, não deu certo. A psicóloga afirma que foi agredida pelo marido e pediu para voltar ao Brasil com a filha.

Já o pai, disse que só daria autorização - necessária pela cidadania francesa - se Valéria desistisse de processá-lo por violência. Ela retirou a queixa e voltou com a menina para Curitiba, mas foi acusada de sequestrar a própria filha.

Com base em tratados internacionais, a Justiça brasileira determinou que a menina voltasse para a França, com algumas condições, que, segundo a mãe, não foram cumpridas, como o pagamento de uma pensão.

Desde então, os dois lados brigam pela guarda da menina que hoje tem cinco anos e mora com o pais, em Paris. Mãe e filha só se falam pela internet. "Ela pede para mostrar o quarto, o cachorrinho dela que está no Brasil", conta.

Valéria aguarda a decisão da ONU em Curitiba, mas afirma que vai tentar passar o natal com a filha, em Paris.

A advogada brasileira do pai da menina informou que a defesa recorreu da decisão que determinou a volta da criança ao Brasil. A advogada afirmou também que a Justiça francesa já decidiu que a menina deve permanecer com o pai, em Paris, e que ela pode ser visitada pela mãe.