quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Surgiu do STJ o equilíbrio que se espera das Cortes Superiores



Salvou a imagem de um Judiciário equilibrado o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro João Otávio de Noronha, no caso da esdrúxula declaração do deputado eleito Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Noronha botou a bola no chão para afastar a reação que pareceu tão acessiva quanto as palavras que a provocaram. Presidente do Tribunal da Cidadania, o ministro Noronha mostrou que nada era o que parecia. A avaliação é do jornalista Cláudio Humberto, colunista do Diário do Poder.
“Estão exagerando”, ponderou Noronha, destacando que a afirmação, desautorizada pelo candidato Jair Bolsonaro, não foi uma “ameaça”.
Noronha não viu “risco à democracia” em palavras que, para o próprio Bolsonaro, pertencem mais ao campo da psiquiatria que da política.
Que Haddad (PT) e apoiantes se aproveitem do caso a poucos dias da eleição, até se compreende. Mas das Cortes Superiores se espera ponderação.
O equilibrado decano Celso de Mello subiu nas tamancas e chamou a declaração do jovem deputado de “inconsequente e golpista”.