quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Rachel Dodge pede ao STF que invalide soltura de Pepe Richa



A procuradora-geral, Raquel Dodge, pediu a cassação do habeas corpus que revogou a prisão temporária de José Richa Filho, o Pepe Richa, irmão do ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB). Em recurso enviado na sexta, 19, a procuradora pede que o relator, ministro Gilmar Mendes, reconsidere a decisão ou remeta o caso para julgamento da Segunda Turma do Supremo. Pepe Richa, ex-secretário de Infraestrutura e Logística do governo tucano, havia sido preso em 26 de setembro, no âmbito da Operação Integração II, fase 55 da Operação Lava Jato, que investiga suspeita de corrupção na concessão de rodovias no Paraná. As informações foram divulgadas pela Secretaria de Comunicação Social da Procuradoria.
Para Raquel, a medida partiu de premissa ‘absolutamente equivocada’. Gilmar aceitou a argumentação da defesa de que os fatos investigados são os mesmos da Operação Radiopatrulha, no âmbito da qual o próprio ministro já havia dado habeas aos irmãos Richa – o próprio Beto Richa também foi preso em setembro e solto por Gilmar. A alegação é que havia a chamada ‘decisão paradigma’, que deveria ser seguida.
No entanto, o entendimento da procuradora-geral é que, apesar de envolver personagens em comum, são investigações distintas. “Embora tenham ocorrido de modo paralelo no tempo, as operações Rádio Patrulha e Integração II, de âmbitos estadual e federal, respectivamente, não guardam qualquer relação investigativa entre si, justamente por terem por objeto fatos completamente distintos”, esclarece Raquel Dodge.