segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Manifestação pró-Bolsonaro tinge a Avenida Paulista de verde e amarelo



Centenas de milhares de manifestantes a favor do candidato Jair Bolsonaro (PSL) se reúnem ao longo da avenida Paulista neste domingo (21) com ao menos cinco carros se som e um pixuleko, boneco que faz alusão ao ex-presidente Lula (PT) com roupa de presidiário, gigante.
Nos palanques, além de gritos de “Fora PT” e “ele sim”, parte dos manifestantes pede a volta do voto em cédula e faz abaixo-assinado para enviar ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pedindo que o sistema de votação mude no país.
Em um dos trios, usam cartaz com a frase “Lula tá preso, babaca” similar ao logo do candidato Fernando Haddad (PT). A fala foi dita por Cid Gomes (PDT), irmão e coordenador da campanha de Ciro Gomes (PDT), que apoia Haddad no segundo turno.
Entre os políticos presentes, estão o senador eleito Major Olímpio (PSL) – seguido por uma comitiva que faz fila para tirar selfies com ele – e o vereador de São Paulo Fernando Holiday (DEM).
Um dos gritos de guerra do ato pró-Bolsonaro na avenida Paulista é “eu vim de graça”, sempre que alguém em um dos trios fala sobre o escândalo de compra de disparos de mensagem por Whatsapp.

‘Folha’ é o maior fake news do Brasil, diz Bolsonaro
Jair Bolsonaro pediu aos seus apoiadores, em vídeo ao vivo exibido em telões na avenida Paulista neste domingo (21), que “participem das eleições ativamente” daqui a sete dias, “sem mentiras sem fake news, sem Folha de S.Paulo“.
“A Folha de S.Paulo é a maior fake news do Brasil. Vocês não terão mais verba publicitária do governo”, afirmou ao público, sob gritos da plateia. “Imprensa vendida, meus pêsames.” Apesar dessa fala, ele afirma que apoia a imprensa livre.
Em fala de dez minutos, prometeu uma “uma limpeza nunca vista na historia desse Brasil” se eleito. “Vamos varrer do mapa esses bandidos vermelhos do Brasil”, afirmou, sob gritos de “Fora PT”.
“Essa turma, se quiser ficar aqui, vai ter que se colocar sob a lei de todos nós. Ou vão para fora ou vão para a cadeia.”