segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Cinco obras de infraestrutura que ficaram para o próximo governo do Paraná

Cinco obras de infraestrutura que ficaram para o próximo governo do Paraná

Giulia Fontes
As eleições passam e, a cada quatro anos, algumas obras importantes de infraestrutura no Paraná acabam não saindo do papel. Algumas delas andaram nos últimos anos, mas ainda assim não se concretizaram em melhorias para o setor produtivo e para os cidadãos paranaenses. Veja cinco obras de infraestrutura que poderão ser tocadas pelo próximo governador do estado:
  1. Ponte de Guaratuba
Uma das mais antigas pendências no que diz respeito à infraestrutura no Paraná, a ponte que ligaria Guaratuba a Caiobá voltou a ser objeto de atenção por parte do governo estadual – como alternativa ao ferry boat. O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR) licitou, em março, a realização de estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental para que a obra possa ser realizada. O processo, ao custo de R$ 832,8 mil, começou em março e tem prazo de nove meses para ser concluído. Depois disso, o governo poderá formatar o projeto para colocar a obra em prática.
  1. Pavimentação no interior
Problemas nas rodovias do interior do estado dificultam a vida dos produtores rurais, que acabam tendo custos maiores para escoar as mercadorias. O problema não para por aí: sem pavimentação, as estradas prejudicam a qualidade de vida dos moradores e impedem que estudantes cheguem de forma segura às escolas próximas, por exemplo. As rodovias rurais, que somam quase 100 mil quilômetros no Paraná, são de responsabilidade dos municípios – mas o estado pode ajudar na manutenção.
As principais ações do Paraná nesse sentido envolvem a aquisição de equipamentos, a disponibilização de recursos para a compra de óleo diesel e a pavimentação de estradas com pedras irregulares. Em entrevista à Gazeta do Povo, os candidatos ao Executivo estadual falaram de suas propostas para o tema. Confira clicando aqui.
  1. PR-323
A PR-323 – centro de uma das suspeitas de corrupção que pairam sobre a gestão de Beto Richa (PSDB) – é uma das heranças que o próximo governador receberá a partir de 2019. A obra deveria ter começado em 2014, quando um consórcio que tinha como principal construtora a Odebrecht venceu a licitação para a realização das melhorias na estrada. As intervenções na rodovia, que liga Maringá a Guaíra, na região Noroeste do estado, são mais do que necessárias: de acordo com a Polícia Rodoviária do Paraná, só em 2018 já ocorreram 174 acidentes nessa estrada, com 33 feridos e 12 mortes. No ano passado, foram 454 acidentes, com 307 feridos e 21 mortes.
Por conta dos problemas que a própria Odebrecht sofreu após a deflagração da Operação Lava Jato, porém, as obras acabaram não saindo do papel. Em 2017, o Conselho Gestor de Concessões cancelou a licitação.
Depois disso, o governo repartiu a obra em onze partes. A primeira etapa, que consiste na duplicação de 20,7 quilômetros entre os municípios de Paiçandu e Dr. Camargo, no Noroeste do estado, teve a ordem de serviço autorizando o início dos trabalhos emitida na última quarta-feira (3). A obra custará R$ 73,2 milhões, com duração prevista de dois anos.
Segundo a Secretaria de Infraestrutura e Logística, os técnicos do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR) analisam os projetos para a continuidade da duplicação.
DESEJOS PARA O PARANÁMais investimento em infraestrutura
  1. Ferrovia Dourados – Paranaguá
Uma ferrovia que interligue Dourados, no Mato Grosso do Sul, a Paranaguá, em uma linha de mais de mil quilômetros, é uma solução importante para o escoamento da produção agrícola do estado. O problema da dependência do Paraná do modal rodoviário ficou evidente durante a greve dos caminhoneiros, quando o estado e o país sofreram com o desabastecimento provocado pelo protesto da categoria.
O projeto da ferrovia foi retomado no ano passado. Em março de 2018, o governo escolheu quatro consórcios para realizar estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental visando a implantação da linha. A duração prevista para esta etapa é de nove meses. Por isso, a expectativa é de que, até dezembro de 2018, o governo já tenha o resultado das análises. O custo da obra é estimado em R$ 10 bilhões, a serem desembolsados pelo vencedor da licitação para construir e operar a ferrovia.