O presidente Michel Temer convidou, neste sábado (31), o atual ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, para assumir a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ele esperava ser convidado para o cargo de ministro da Fazenda, em substituição a Henrique Meirelles, que deixará o governo para se candidatar a presidente em outubro.
A mudança parece ter sido recebida com resistência pelo ministro do Planejamento. Mas, se a mudança realmente ocorrer, Oliveira espera que seu secretário executivo, Esteves Colnago, herde a pasta. O mesmo aconteceu no Ministério da Fazenda, onde o atual ministro Henrique Meirelles será substituído pelo seu número dois, Eduardo Guardia.
Outro alvo de uma mudança futura é a cadeira do Ministério de Minas e Energia, atualmente comandado por Fernando Bezerra Coelho Filho, que vai deixar o cargo para tentar a reeleição como deputado federal por Pernambuco. Um dos nomes cotados para entrar no comando da pasta é o ex-diretor geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Jorge Bastos. Ele é ligado ao senador Renan Calheiros (MDB-AL).
As alterações nos ministérios foi discutida neste sábado pelo presidente Michel Temer com o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Moreira Franco, e o líder do governo no Senado, Romero Jucá (MDB-RR). Próximo ao prazo final para deixar os cargos para concorrer às eleições, os ministros atuais começam a deixar as pastas.
Temer anunciou também neste sábado que acontece na segunda a posse dos novos ministros dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Valter Casimiro Silveira, e da Saúde, Gilberto Occhi. A mudança ocorre após os ministros das duas pastas anunciarem sua saída do governo até o fim da próxima semana para disputarem as eleições deste ano. O ministro da Saúde Ricardo Barros (PP-PR) deixa o cargo para tentar se reeleger como deputado federal, enquanto o ministro dos Transportes, Maurício Quintella Lessa, que é deputado federal pelo PR, sai para concorrer ao Senado.
