segunda-feira, 23 de abril de 2018

PETROBRAS QUER VENDER REFINARIA ABREU E LIMA, A MAIS CARA DO MUNDO: R$68 BILHÕES



Após os governos Lula e Dilma enterrarem US$20,1 bilhões (R$68 bilhões) na refinaria mais cara do mundo, em Abreu e Lima, em Pernambuco, valor oito vezes maior que o custo global dos estádios construídos no Brasil para a Copa do Mundo de 2014, a Petrobras resolveu se livrar parcialmente desse encargo, vendendo 60% do seu controle no âmbito de uma proposta de parcerias que inclui outras três refinarias. Todos os estádios para a Copa de 2014 custaram, somados, R$8,3 bilhões, segundo belanço divulgado pelo Ministério do Esporte em janeiro de 2015. Abreu e Lima consumiu o equivalente a R$68,04 bilhões, em meio ao período em que mais foram roubados recursos públicos na História, segundo demonstra a Operação Lava Jato, mas só consegue processar 100 mil barris por dia, e registrou em 2017 prejuízo de R$1,5 bilhão. Outra comparação que impressiona: os governos do PT, que se apresntaram como defensores dos pobres e oprimidos, gastaram somente na refineria de Abreu e Lima mais que o dobro dos custos anuais do programa Bolsa Família.

PEDRO PARENTE.
As parcerias anunciadas pela Petrobras incluem, no Nordeste, Abreu e Lima e a refinaria Landulpho Alves e cinco terminais, onde a capacidade de processamento é de 430 mil barris por dia (bpd). No Sul, onde a capacidade de processamento é de 416 mil bpd, seriam as refinarias Alberto Pasqualini e Presidente Getúlio Vargas, além de e cinco terminais.
O plano de atração de parcerias da Petrobras considera a necessidade de novos investimentos, em razão do crescimento futuro da demanda de derivados no Brasil. Tudo isso faz parte da decisão da diretoria da estatal de vender ativos para reduzir seu endividamento.
Nessa parceria, as empresas investidoras controlariam a operação, enquanto a Petrobras seguiria com participação de 75 por cento do mercado brasileiro, porque suas outras nove refinarias e 36 terminais, boa parte no Sudeste, ficariam totalmente sob seu controle.
O presidente da Petrobras, Pedro Parente, afirmou esta semana que monopólio é sempre prejudicial à economia. “Quando você tem um único ator operando no setor, quando essa empresa vai mal, toda a cadeia vai mal também. Então, a diversificação também traz vantagem para a cadeia de fornecedores de suprimentos”, disse. Ele disse que há um longo caminho pela frente, mas “vai levar o ano todo, com certeza”, até que as parcerias sejam fechadas..