quarta-feira, 18 de abril de 2018

Polícia Civil faz operação contra esquema de corrupção na Prefeitura de Luiziana; procurador jurídico é preso

Procurador jurídico de Luiziana Thiago Slongo ( de jaqueta preta) foi preso na manhã desta quarta-feira (18) (Foto: Fábio Linjardi/RPC)

O procurador jurídico da Prefeitura de Luiziana, no centro-oeste do Paraná, e mais oito pessoas foram presas, na manhã desta quarta-feira (18), em uma operação da Polícia Civil contra suspeitos de envolvimento em um esquema de corrupção no órgão.

O procurador jurídico do município Thiago Slongo, que também é sobrinho do prefeito Mauro Slongo (PDT), e ex-secretários e ex-diretores municipais são suspeitos de participar do esquema, de acordo com a Polícia Civil.

Veja quem são os investigados:
Thiago Slongo
João Carlos Ribeiro
Noé de Oliveira
Gisele Aparecida Costin Tasca
Rogério Machado da Silva
Célio da Silva
Fernanda Erica de Assis Alves
Aline Santana
Edson Liss
A ação cumpriu nove mandados de prisão temporária, que tem duração de cinco dias, e dez mandados de busca e apreensão.

A Polícia Civil afirmou que a ação criminosa era operada por Thiago Slongo. O advogado dele, Anderson Carraro Hernandes, informou que ainda não teve acesso ao processo e, portanto, não irá se manifestar.

O advogado Andrey Legnani, representante da subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Campo Mourão, outro município do centro-oeste, acompanhou a prisão de Thiago Slongo e disse que o procurador pediu sigilo de informações.

Segundo a investigação do Núcleo de Combate a Crimes Econômicos (Nurce), há indícios de "mensalinho" na cidade, que tem cerca de 7,5 mil habitantes.

Polícia Civil realiza operação contra suspeitos de corrupção na prefeitura de Luiziana (Foto: Fábio Linjardi/RPC)
Caixa 2
A suspeita do Nurce é que o dinheiro arrecadado ilegalmente foi para a campanha de reeleição do prefeito Mauro Slongo. O chefe do executivo municipal não é alvo de nenhuma medida judicial, conforme a Polícia Civil.
"Todos os ouvidos até o momento falavam que acertavam diretamente com o Thiago", justifica o delegado do Nurce, Renato Figueiroa.
De acordo com a Polícia Civil, as provas coletadas apontam que alguns servidores públicos eram obrigados a devolver parte de salário para um caixa 2.
Os funcionários que aderiam ao esquema, segundo a polícia, contavam com cargos de confiança ou gratificações. Dois ex-funcionários confessaram à polícia que repassaram os salários ao procurador jurídico.