segunda-feira, 9 de abril de 2018

MARINA SILVA LANÇA NOVAMENTE PRÉ-CANDIDATURA À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA



Marina Silva se lançou novamente neste sábado, 7, como pré-candidata à presidência da República pelo partido Rede Sustentabilidade. Em dezembro do ano passado, após um apelo dos diretórios estaduais, ela anunciou a pré-candidatura pela primeira vez. 
Segundo o partido, neste sábado, foi o lançamento oficial de sua candidatura, cujo slogan será: "não dá para querer mudar e não mudar". O evento foi durante o Congresso da Rede em Brasília. 
"Pela terceira vez, diante de todos os brasileiros, amigos da imprensa, aqueles que estão nos acompanhando de casa, presidente da República", disse, acompanhada de gritos da militância "Ma-ri-na".
Durante sua fala, a pré-candidata traçou as principais bandeiras do seu programa: combate à corrupção, por meio do fim ao foro privilegiado, ajuste das contas públicas e redução da desigualdade social.
"O momento que estamos vivendo, que não é de celebração, é claro, é de tristeza. Um ex-presidente da República, poderia estar apto para fazer o que bem quisessem na política, sendo interditado pela Justiça, por erros", comentou a situação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de quem foi ex-ministra do Meio Ambiente. 
Enquanto Marina lançava sua pré-candidatura, o petista discursava para apoiadores em São Bernardo, momentos antes de se entregar à polícia federal.
Em seguida, arrematou: "Mas, por outro lado, é uma sinalização de que nós podemos começar a ter esperança de que se está iniciando um tempo, de que as lei será igual para todos. Se, e somente se, nós termos  o cuidado nesse processo e que não se permita mais os Renans, aos Aécios, os Padilhas e os Temeres fiquem impunes sob o manto do foro privilegiado", completou, citando nominalmente os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Aécio Neves (PSDB), além dos emedebistas Eliseu Padilha e Michel Temer, presidente da República. Todos esses são investigados na Operação Lava Jato pelo Supremo Tribunal Federal (STF), pois têm prerrogativa de foro.
Na economia, Marina defendeu o controle do gasto público, que deve ser a metade porcentual do PIB, e disse que a maioria das mudanças que deveriam ser feitas na reforma trabalhista de Temer, foram realizadas por Medida Provisória. Logo, não revogaria, se fosse eleita. A ex-ministra também defendeu reformas, mas disse que as feitas por Temer são "em detrimento do trabalhador" e apenas discutidas com o setor do empresariado. 
"Não vamos continuar com aquela postura de ter 0,5% do nosso PIB para o Bolsa Familia e em torno de 5% para o Bolsa Empresário, com juros subsidiados do BNDES. Não vai continuar com a prática de escolher os campeões nacionais para nos nocautear como o fez o senhor Eike Batista", afirmou. 
As pesquisas de intenção de voto mostram Marina (Rede) e Ciro Gomes (PDT), como os "herdeiros" do voto de Lula, na ausência do ex-presidente nas urnas. Questionada que recado daria para o eleitorado petista, pré-candidata disse entender a decepção deles de não poder votar em seu candidato, mas pontuou que eles votariam com suas consciências e lembrou do seu histórico de luta social.
 "É claro que aqueles que estão decepcionados, que em função de erros, não poderão concretizar a sua intenção de voto precisam ser igualmente respeitados. Mas eles votarão de acordo com as suas consciências, nos projetos que eles identificarem sendo melhor para combater a pobreza. Nesse caso, meu compromisso histórico para o fim das iniquidades sociais, ele é claro, faz parte da minha trajetória de vida", afirmou.