O ministro Luis Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu revogar há pouco as prisões tempirárias que ele decretou quinta-feira (28), por solicitação da Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitá-lo neste sábado (31), no âmbito da Operação Skala. Entre os alvos dos mandados autorizados por Barroso estão amigos do presidente Michel Temer: José Yunes, ex-assessor do presidente, e o coronel João Batista Lima.
No pedido, a procuradora-geral Raquel Dodge afirma que o objetivo das prisões, de instruir apuração, já tinha sido cumprido. A decisão da revogação das prisões temporárias de cinco dias coube a Barroso, relator do inquérito que investiga o Decreto dos Portos, assinado por Temer no ano passado, que supostamente beneficiaria empresas do setor portuário, como a Rodrimar, em troca de propina. O decreto não beneficia a empresa, insiste o governo.
Entre esta sexta (30) e este sábado, a Polícia Federal já colheu o depoimento de todos os presos na operação deflagrada na última quinta. Além do ex-assessor de Temer e do ex-coronel da PM de São Paulo foram alvos da Operação Skala, desdobramento da Operação Patmos, o dono da empresa Rodrimar, Antônio Celso Grecco; o ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi e seu auxiliar Milton Ortolan.
Todas as empresas citadas são investigadas pelo suposto benefício trazido pelo decreto, negado por Temer em reiteradas notas oficiais.