A pesquisa ouviu duas mil pessoas presencialmente entre os dias 25 e 27 de fevereiro, em 120 cidades. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais e o índice de confiança é de 95%.
Por outro lado, a consideração dos brasileiros sobre a operação como um todo foi positiva. Para 49% ela ajudou a combater a corrupção enquanto 37% analisam que ela não teve esse impacto.
Para 50%, a operação da PF fez “mais bem do que mal” e 28% pensam o contrário. Para 7% ela não fez nem bem e nem mal e 15% não souberam ou não responderam.
Brasileiros se dividem sobre culpa e inocência de Lula.
O instituto de pesquisas também perguntou aos entrevistados se eles consideram que o presidente Lula é inocente das acusações impostas contra ele na Lava Jato. Em julho de 2017, Moro condenou o petista a nove anos e seis meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, por conta dos casos do triplex do Guarujá, do sítio de Atibaia e das doações ao Instituto Lula. A sentença foi anulada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em abril de 2021.
A pesquisa mostrou um empate entre os brasileiros sobre a culpa de Lula. Para 43%, ele sempre foi inocente, enquanto outros 43% acham que ele é culpado e deveria estar preso. 14% não souberam responder.
O estudo também questionou se a Lava Jato teria investigado os partidos políticos de forma imparcial durante a operação. Para 28%, a força policial se concentrou principalmente no Partido dos Trabalhadores. Para 23%, ela atingiu todas as legendas igualmente.
42% acreditam que Lava Jato acabou por pressão política e 25% por exageros dos investigadores
42% dos brasileiros acreditam que a Lava Jato acabou em 2021 por causa de ações políticas feitas para barrar a operação. 25% responderam que houve erros e exageros por parte dos investigadores que conduziram a força-tarefa.
Outros 8% disseram que, na época em que a operação foi encerrada, o governo brasileiro, que na época era comandado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), não tinha mais corrupção que pudesse ser apurada. 3% não escolheu nenhuma das três opções e 22% não souberam ou não responderam.
A Procuradoria-Geral da República (PGR), então chefiada por Augusto Aras, extinguiu a Lava Jato no dia 1º de fevereiro de 2021 após o início de um processo de revisionismo da operação. Alguns dos integrantes da força-tarefa foram integrados no Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
CNN Brasil