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Os cerca de 700 funcionários da agência estatal de notícias da Argentina, a Télam, foram surpreendidos com um e-mail na madrugada desta segunda-feira (4) em que foram dispensados de trabalhar pelos próximos 7 dias.
A agência, localizada no bairro de San Telmo, em Buenos Aires, amanheceu fechada e cercada por grades e policiais. O site com todo o arquivo de notícias está fora do ar, exibindo a mensagem: “A página que você tenta ver se encontra em reconstrução”.
O porta-voz da Presidência, Manuel Adorni, disse em coletiva de imprensa diária que a medida foi tomada enquanto o governo avalia os próximos passos para o fechamento da agência, prometido por Javier Milei na campanha eleitoral e anunciado na última sexta-feira (1°), no discurso de abertura do ano legislativo.
Adorni complementou que a empresa é “deficitária” e que o fechamento era uma promessa de campanha de Milei, que promove o corte de gastos públicos.
Por volta do meio-dia desta segunda, no horário local, centenas de pessoas se concentraram diante da agência em repúdio ao fechamento.
A empresa conta com correspondentes ao longo do território argentino e desde 1945, com interrupções devido a determinações políticas, e abastece com textos e fotos os meios de comunicação do país.