De acordo com a análise da CNM, entre os estados do Sul o Paraná tem o menor número de moradias afetadas. Santa Catarina lidera o ranking nacional com 485.748 residências atingidas por desastres naturais. O Rio Grande do Sul aparece em seguida, com 430.737. Os números são altos na comparação com outras regiões do país. O Sudeste, por exemplo, acumula 498.793 moradias atingidas, somando os quatro estados. Pouco mais do que a quantia de Santa Catarina apenas.
Em relação ao estado das moradias afetadas, são 1 milhão de casas danificadas e 54.559 destruídas na região Sul. Isso representa R$ 4 bilhões de prejuízo financeiro. O Nordeste, por outro lado, acumula a maior perda financeira, R$ 16 bilhões, mesmo com um número menor de casas atingidas, 14,88% do total.
No total, o estudo mostra 2.293.316 moradias afetadas por desastres naturais no Brasil. Desse número, 107.413 ficaram destruídas nos últimos nove anos. O prejuízo financeiro foi de R$ 26 bilhões. Segundo a CNM, dos anos analisados, 2022 representa o pior cenário. Apenas no ano passado foram 371.172 moradias foram danificadas ou destruídas. Antes disso, o ano com mais registro havia sido 2015, somando 325.445.
A CNM avalia que os impactos sociais e econômicos poderiam ter sido controlados por meio de políticas integradas de gestão urbana, habitação e prevenção do risco de desastres. “O prejuízo em todo o país de danos em habitação, nesse período de 10 anos, ultrapassa R$ 26 bilhões. E os Municípios estão praticamente sozinhos, na ponta, para socorrer a população. Não há apoio para prevenção nem investimentos”, pondera o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski. A descontinuidade de projetos como Minha Casa, Minha Vida (que retorna agora) e a falta de investimentos federais na área de proteção e defesa civil são alguns dos motivos que acarretam no número de casas destruídas e pessoas desabrigadas ou desalojadas neste período, analisa a CNM.