sexta-feira, 15 de outubro de 2021

Argentina congela preços de 1.245 produtos por 90 dias para tentar frear inflação que gira em torno de 50% ao ano,.. já no Brasil talkei.













 Numa tentativa de frear a inflação, o governo da Argentina anunciou o congelamento de preços de 1.245 produtos por 90 dias. Os preços permanecerão inalterados até 7 de janeiro do ano que vem, com os valores praticados em 1º de outubro.

O congelamento dos preços foi acertado entre o governo argentino e representantes de empresas de consumo e redes de supermercados, no momento em que a inflação gira em torno de 50% ao ano.

A medida inclui produtos básicos do atual Programa de Preços Assistenciais e também garrafas de uísque, rum, gim, vodka, conhaque, cerveja e até champanhe, além de uma grande variedade de vinhos, num total de 61 tipos diferentes nesta categoria.

Também fazem parte da lista os cremes anti-idade, os energéticos, 16 variedades de maionese, azeites e outros itens de alimentação, higiene e limpeza.

— Precisamos parar a bola de neve para que os alimentos não continuem limitando os salários — disse o novo secretário de Comércio Interior, Roberto Feletti, após reunião com os representantes do comércio.

E acrescentou:

— Se olharmos o caso dos trabalhadores com carteira assinada, vemos que, para um adulto, a cesta básica em dezembro de 2019 era de 9% do salário médio e, na última medição, foi de 11%.

— Depois de um ano de inflação muito forte, a ideia é gerar uma trégua (na alta dos preços) — disse ao jornal El Clarín o ministro de Desenvolvimento Produtivo, Matías Kulfas.

A intenção é criar um cenário previsível até o fim do ano, incentivar o mercado interno e preservar os salários argentinos diante de eleições e feriados de Natal e Ano Novo, disse.

O governo peronista de Alberto Fernández perdeu as eleições primárias no mês passado e agora busca atrair eleitores antes das eleições legislativas de 14 de novembro com uma série de medidas que amenizam o bolso, em meio a uma saída gradual da recessão agravada pela pandemia do coronavírus.

O Globo