sábado, 15 de dezembro de 2018

Bombardeiros russos na Venezuela foram acinte ao Brasil, que não reagiu



O movimento tático do residente russo Vladimir Putin, enviando bombardeiros TU-160 à Venezuela para explicitar apoio militar concreto ao regime de Caracas, é um acinte aos Estados Unidos das Américas, mas é um acinte ainda maior ao Brasil, seu parceiro econômico e comercial no Brics e país fronteiriço da terra arrasada, mas bem armada, do ditador Nicolas Maduro. A análise é do diplomata Miguel Gustavo de Paiva Torres, articulista do Diário do Poder, para quem o Brasil foi tratado nesse episódio como “o vira-latas da esquina”.
Apesar da gravidade do gesto do governo russo, não houve movimento tático de resposta das Forças Armadas brasileiras, tampouco o governo Michel Temer fez qualquer movimento político e diplomático do Brasil. “Se houve, foi secreto e desconhecido”, escreve o analista de política externa em seu novo artigo. Até porque o governo atual está fechando gavetas e o novo chanceler “está mais preocupado com a guerra dos cruzados e as muralhas de Jerusalém”. O problema é se o blefe de Putin passar a ser uma ameaça real